O mês de Junho é um período que quando envolvido com o Folclore, além de poético, se sobressai em seu aspecto lúdico, se transmutando a uma estética sonora dentro de sua linguagem e trás à tona o prazer inusitado pelas danças, o canto, poemas, parlendas, enfocando também aos Mitos Lendários, onde se identificam dentro de sua oralidade, as elaborações criativas, junções que favorecem e contribuem no sentido visual e contemplativo, inseridos no processo sacro e no profano da humanidade.
E o mês de Junho é feito de poesias, no canto, na dança e nas lendas, atividades que encantam, ao transportar a Alma para um Plano de Vida Superior e Misterioso, onde as palavras ganham vida, personalidade, ritmo e sonoridade, produzidos pela inteligência e criatividade humana.
O Mito que cresce...
A Utopia se torna verdade... A Exemplo das Lendas!...
Dia 12 é consagrado a Santo Antonio, o Casamenteiro, o qual evocado pelas moças donzelas, amantes e desejosas de um casamento estável, ânsia que provoca as Preces, às simpatias folclóricas.
Em suas crendices ingênuas, fazem promessas ao Santo e se não cumpridas com a rapidez desejada, castigam Santo Antonio, colocando a sua imagem de cabeça para baixo, ou ainda, pendurada pelos pés dentro um poço, com a face vedada e voltada para a parede, de costas para o mundo e voltada apenas para os céus, na esperança de alcançar aquela graça almejada.
Lenda...
Utopia... Mais Crença Popular.
Dia 24, São João é lembrado por meio de uma fogueira, quanto mais alta, melhor, a qual trás à lembrança a visita da Virgem Maria à sua prima Izabel. O nascimento de São João Batista, milagre ocorrido no período climatérico de Santa Isabel.
Do popular se registra o Banho de Cheiro, com ervas do campo, para dar sorte na vida, no trabalho e no amor. As adivinhações para ver a sorte... (E se conhece uma variação delas), o banho de rio durante a madrugada, e nesse mesmo rio ou num poço de água limpa, ou ainda em uma bacia... Olhar... Se não enxergar a cabeça... Se prepare!... Que morrerá nesse mesmo ano.
28 e 29, São Pedro e São Paulo, também merecem variadas versões dentro do popular, porém, é com menor ênfase e misticismo. Já o dia 30, é um pouco diferente.
Dia 30 é consagrado a São Marçal.
*Diz a lenda que esse santo era um tanto voltado às futilidades do mundo, vivia a vida na brincadeira, apoiando a volúpia, até o ponto de sua fogueira ser feita de “Sacaí” galhos finos de árvores... Secos... E de paneiros, para o fogo subir bem alto, rápido e se extinguir com a maior brevidade, como símbolo dos amores passageiros e os sonhos fúteis e letais.
E dizem ainda, se uma menina ou jovem, saltar essa fogueira, se torna vulgar e assanhada.
*São Marçal é considerado Santo, pois ele foi canonizado pelo povo, segundo a crendice popular.
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