Assim é a Poetiza Nazaré Lobato:

Como nota musical
Que sintetiza
Agitando as Emoções
Acalmando ou elevando
Esse acorde sublime
Que incita
O engrandecimento
Da terna e ardente chama
No calor
Fragoroso e divinal
Da essência
De quem Ama.

Oi!!!... Estou aqui!!!...!!!...!!!...

Trav. Emídio Nery da Costa- 1030.
Bairro: São Lourenço
Abaetetuba- Pará.
Fone= 3751-4691.
Celular: 81056816.

sábado, 19 de junho de 2010

O POÇO DA MOÇA

Um lugar rústico, encantado, no final de uma trilha perdida no âmago de uma mata, quase que totalmente inapovoada, no Município de Abaetetuba.

Talvez... Quem sabe?... Seja até ainda uma réstia do Igarapé Bacuri, que se embrenhou demais, ate se perder entre brumas solitárias de um agreste, povoado de Lendas, respirando mistérios e cercada de um misticismo quase etéreo.

Ao te contemplar, perdido e estranhamente parado, refletindo de teu interior esse quadro de verdadeiro encantamento, o ser Humano pára, estático, ante a maravilha que se descortina do ar e do teu interior, como uma melodiosa mensagem vinda do além, transmitida pelo Cartão Postal que reflete através do espelho de tuas águas divinamente azuis, de mistura ardente e celeste, do verdejar de tona amarelados e do branco suave que realçam aos incompreensivos olhos do observador.

É difícil tecer comentários sobre ti, sobre o estranho casamento que se divisa do entrelaçar das torras que resguardam o teu interior, da parede decorada que te cerca, da suavidade e leveza da nuvem colorida de tons de azul claro e celeste, que bailam dentro de tuas águas, os quais vão mudando tuas cores, tua forma a cada piscar de olhos, se transformando de nuvem transparente a flor de algodão, onde por vezes se divisa do centro, a brotar três pequenas cavidades, dando-te a forma ilusória de um rosto humano, a contemplar em frente, talvez nas profundezas do nada, uma bola colorida parecendo cheia de ar.

Não existem palavras que possam exprimir a magia desse momento em forma de eternidade, essa incompreensível e salutar suavidade que se advinha provir do mistério que nasce do silêncio quebrado apenas por vozes invasoras, que procuram devassar essa incógnita magnitude que te cerca.

Tu, Poço da Moça/...

Nessa visão fantasmagórica de Filme de Terceira Dimensão, como algo impalpável, mas com a visão do sentimento privilegiado a sensibilidade dos corações, que sabem viver intensamente a ilusão da Poesia, pairas impassível, indefinido, quase irreal, na tua realidade palpitante, entre as folhagens dessa mata virgem, fazendo-as sumir com a insensibilidade das coisas inexistentes, porém pungentes, na certeza de que existes, guardando dentro de ti, esse misterioso dogma dos rituais vividos pela fantasia imaginativa e sutil, daqueles que tem o privilégio e a oportunidade de te ver tal como és, ou te apresentas em certos momentos, aos olhares inexperientes e maravilhados do mundo que aprecia a tua sedução, o que faz com que quedem fascinados.

AO FALAR EM MITOS!!!...

MITOS...

No Conhecimento

No Utópico

Na Realidade

No Imaginário

Na Analogia

Na Saudade...

Como miragem se introduz

E se propaga

Como uma luz

Na ciência que deflagra

Na ância sublime

De Interpretação

Nunca se apaga...

A Divinal ilusão

Que então divaga.

O Misticismo

Resiste ante o Progresso

Invadindo as mentes...

E povoando de sonhos

O Universo.

UM APELO


Eco Sistema

Corre apressado

Ar desvairado

Vais te render???...

Floresta imensa

Vais te esconder???...

Voa passarinho

Para o teu ninho

Que o homem avança

Pra te prender.

Olha o perigo

Meu pobre amigo!!!...

Cadê o Açaí???...

Faz um aceno

Débil... Pequeno

Artesão!... Cadê o Mirití?...

Eco Sistema

Emancipado???

Olha pros lados...

O tal Progresso

Cuidado!!!...

O Homem vem aí.

UM PENSAMENTO

Para iluminar a Alma

Basta ver...

Para sossegar o coração...

Basta sentir

Para vibrar...

Basta um leve toque

Para Amar...

Basta ter e certeza da sua Existência.

DIA DO MEIO AMBIENTE

ACALANTO ECO-AMBIENTAL

MONÓLOGO:



Sabe gente!!!...

Eu... Você... Nós Somos Culpados

O Mundo... As criaturas

Somos Culpados

Se nossas matas são devastadas

Queimadas... Destruídas

Oh!... Apenas sacudidas

Em Rapés.

Somos Culpados

Em cavacar

E transladar nosso chão

O qual... Deveria ser

Apoio seguro para nossos pés.

Se nossos Rios são depredados

Coagidos... Imprensados

Sob Pontes e aterros.

Se em vez de Rios... Fontes

Viram apenas córregos

Esgotos... Espectros

Em vez de hortos...

E nós... Não olhamos

As sua vozes... Não ouvimos

Nunca somos verdadeiros.

Somos culpados

Se nossos Pássaros são calados...

Presos... Sufocados... Em seus Gorjeios maviosos!...

Se nosso ar se torna poluído

Nossos ouvidos entupidos

Nossas águas viram veneno

Em córregos tão pequenos!...

Se debateu

Sem serem sequer ouvidos.

Sabe gente!!!...

Que matamos nosso verde

Nosso mineral

O trinado melódico

Dos pássaros em recital

Não vemos nossas Vertentes

Animais, peixes, feras, vegetais

Nosso Luar... Estrelas

Tão cadentes!!!...

E vemos... Sem nos preocupar

Nossa Cultura, Turismo

Ecologia... Como vazante

Em clima tropical

Ser devastada

Do Seio Ambiental.

Lembrar o Boto

No mister de apaixonar

A floresta deflorada

Violentada

Em seu manto de lençol

O manto azul-verde

Das águas... Onde o Sol

Vem flutuar...

Todas as Lendas

Desta terra virginal

Toda Busão desses Mitos

Dos Serrados e Igapós.

Cantantes Fontes

Instável tempo

Selva densa...

Rios... Oceanos... Águas e Águas

A desaguar...

Vazantes e Enchentes

Em lufanar tristonho

Nesse desejo louco

De se Preservar.

A Pororoca, O Curupira

Até o aconchegante ninho

Escondidinho

No seio do matagal...

Cadê a Uiara?...

A Matinta... O Labizonho...

Que os costumes

Nos incitam a conservar?

Quantas coisas condenadas

Minha gente!!!...

Aqui mesmo

Que temos que nos culpar.

Toda essa beleza

Assim violentada

Todo esse mistério... Que o Progresso está a empanar...

Virou Miragem???...

Lembrança de um passado

Na tumba ardente

Do Eco-Natural?...

Tudo começou com a camada de Ozônio

Aquecimento Global

Efeito Estufa

Queimadas e Queimadas

Em nossos matagais...

Tudo parecia sonho

Tão longe... Tão remoto/...

Atmosfera Climática

Derretimento das Calotas Polares...

Tudo se movendo...

Em transe ilegal

Mudanças e Mudanças

Provocando o arremesso

No Eco-Ambiental.

Somos culpados

Por vetarmos nossos cultos

E nossa Tradição...

Tão secular

Por havermos violado

Nossos hábitos................

A nossa cachoeira, Onde está?

Lá se vão os patrimônios

Num plangente cavalgar

Sem asas... Dissolutos

Sonhando e Sonhando

Com a Biodiversidade

Ver...

O Meio Ambiente

Xafundar.

E mesmo assim...

Ninguém quer se

Culpar.

CRÔNICA

A Crônica é falada, escrita, quase rezada por todos os Poetas Sentimentais.

A Crônica tem a capacidade de Narrar os sons melódicos da Poesia, idealizada e redigida em ordem cronológica, historiada, com explanações indeterminadas em forma de CONTOS de Enredo pequeno, porém sutil, o qual o pensamento se envolve em uma rápida viagem, dentro da fantasiosa fronteira da Mente Humana, Mundo esse de sentir emotivo, desconhecido e repleto de Mistérios e Miragens, quando utilizados em textos poéticos, redigidos em formato pessoal, onde o ritmo da Rima interfere inspirando o Poeta às expressões criativas e sentimentais.

LEILANE

Leilane é uma garotinha, linda... Meiga e carinhosa... Ela é filha da vizinha e do vizinho do lado direito da minha casa... Isto é... Direito para quem vai saindo... Esquerdo para quem entrando.

Leilane sempre gostou de mim, desde bebê... Foi crescendo cada ano, continuando sempre aquele amor para comigo... Com seu jeitinho doce e meigo... Fez com que eu me ligasse a ela... Sem nem explicação... Sem muitas palavras nem parentesco nenhum... Fez que eu a amasse... Simplesmente amasse.

Assim a Leilane se tornou a amiguinha que eu adorei encontrar.

De um carinho sem tamanho, Leilane sempre brincou comigo, como se eu também fosse uma criança igual a ela... O gozado disso tudo é que com ela eu me cinto voltar a ser criança também... Leilane não tinha irmã pequena para brincar... Porém... Agora tem!... Nasceu sua sobrinha!...

Ultimamente surgiram outras amiguinhas para a Leilane... Priminhas, coleguinhas de escola... Credo!... Ave-Maria!!!...

Será que a Leilane vai me esquecer?

Me deixar de lado?

Tomara que não, que isso não aconteça...

Será que já estou sofrendo por antecipação?...

Pois a minha gatinha manhosa... Vai crescer mais ainda e ( o futuro dirá),

Só sei que vou sofrer demais se isso acontecer.

Sabem?... Vou confessar um segredo!...

Eu gosto demais dessa menina...

A Leilane e dessas amiguinhas que a gente não deseja perder...

Nunca... Mesmo...

É adotada pelo coração.

XIRUK


Xiruk é um gatinho, pequeno... Não tão pequeno... Com o tempo cresceu um pouco.

Peludo e macio... Tão macio!... Que parece veludo. Têm os olhos verdes, como jades feitos escaravelhos cintilantes.

Vive solto... Livre... Saltitando pela casa a se esfregar nas pernas das pessoas... Uns gostam, outros não... Que importância pode ter?... Ele se larga no quintal, toca os matinhos, brinca com os bichinhos, acaricia de leve tocando-os apenas, como a se divertir em um horizonte cor de rosa... Ou azul, chamo-o docemente...

Xiruk!!!...!!!...!!!...

Ele pára... Olha... E circunda a minha perna em um trotezinho suave como se risse de mim... Em um alvoroço infantil.

Xiruk é luxento... Não é tudo que quer comer... Gosta, entretanto, de tudo que me vê colocar na boca... Até bananada!...

Credo Cruz!!!... Nunca vi gato beber bananada!... Mas o Xiruk bebe.

Xiruk é de uma ternura imensa!... Como uma criança dengosa... Mas por dentro é rijo como se fosse de pedra.

Em suas brincadeiras... Quando sem querer suas uninhas e dentinhos alcançam a minha pele...

É de pedra

De aço

Ou... De luar ao mesmo tempo.

Então... A Poetizar...


Devaneia em “SOMBRAS”..................


“SOMBRAS”

Como retirar dessa face

Esse manto escurecedor ?

Como um código

O qual retrata

A essência do Amor...

Esse espaço

Vago

Sombrio

Que é sondado

Com temor.

Um deserto... Onde os sons

Se entrelaçam

Longe!... Perto!...

E os ecos esvoaçam

E se perdem no Universo

Esse espaço se amplia

Se alarga ante o silêncio

Inclemente... Feito taça

De Vinho... Rubro

Envolvente.

Nesse cenário de Sombras

Um rosto se fez pintar

E a tristeza tão dolente!!!...

Na pureza desse olhar

Não deixou a alegria

Ali se introduzir

Ironicamente “PÔS”

Nesses lábios o “SORRIR”.

E a mente reconheceu

A loucura... O sonhar!...

Lembrando que não devia

Ir longe pra Interpretar

Esses olhos onde o pranto

Mostra o quanto já sofreu...

O Rosto desse cenário

Não era outro.....................

Era o [.................]

A Poesia... O Poeta


O ser humano em sua divisão e categoria de conhecimentos, vemos assim constituído:

*Conhecimentos...

Empíricos.

Artísticos.

Filosóficos.

Científicos.

Teológicos.

O Literato e Pensador “Pauterlaire”, explica e popularmente se registra: O Empírico vem do povo e de suas tradições culturais.

O artístico evoca a Literatura e a Poesia emotiva.

O Filosófico vem da técnica do pensamento, dos sentimentos e da emotividade.

O científico são as técnicas laboratoriais.

O Teológico são as idéias sobre Deus e as coisas infinitas, que registram os temas divinos.

A poesia como técnica artística e literária é de criação imaterial, a Inspiração surge do interior do Poeta, além de Independente do Poema formulado.

É uma atividade que surge da imaginação como objetivo abstrato da Palavra, exercendo autonomia sobre outro ser, ou coisa, provocando atitude objetiva em resposta, mediante a emoção que converge da própria linguagem.

Em certas ocasiões exerce o poder de provocar reações extras sentimentais, sem esgotar os temas sujeitos a Si mesmo, na transmissão de estímulos a uma Reflexão e uma Resposta.

Assim é que a Poesia vai brotando por intersecção desse estímulo, sem se deter no objeto e nos aspectos de onde decola... Em questão... Do próprio Poeta que a compõe.