Um lugar rústico, encantado, no final de uma trilha perdida no âmago de uma mata, quase que totalmente inapovoada, no Município de Abaetetuba.
Talvez... Quem sabe?... Seja até ainda uma réstia do Igarapé Bacuri, que se embrenhou demais, ate se perder entre brumas solitárias de um agreste, povoado de Lendas, respirando mistérios e cercada de um misticismo quase etéreo.
Ao te contemplar, perdido e estranhamente parado, refletindo de teu interior esse quadro de verdadeiro encantamento, o ser Humano pára, estático, ante a maravilha que se descortina do ar e do teu interior, como uma melodiosa mensagem vinda do além, transmitida pelo Cartão Postal que reflete através do espelho de tuas águas divinamente azuis, de mistura ardente e celeste, do verdejar de tona amarelados e do branco suave que realçam aos incompreensivos olhos do observador.
É difícil tecer comentários sobre ti, sobre o estranho casamento que se divisa do entrelaçar das torras que resguardam o teu interior, da parede decorada que te cerca, da suavidade e leveza da nuvem colorida de tons de azul claro e celeste, que bailam dentro de tuas águas, os quais vão mudando tuas cores, tua forma a cada piscar de olhos, se transformando de nuvem transparente a flor de algodão, onde por vezes se divisa do centro, a brotar três pequenas cavidades, dando-te a forma ilusória de um rosto humano, a contemplar em frente, talvez nas profundezas do nada, uma bola colorida parecendo cheia de ar.
Não existem palavras que possam exprimir a magia desse momento em forma de eternidade, essa incompreensível e salutar suavidade que se advinha provir do mistério que nasce do silêncio quebrado apenas por vozes invasoras, que procuram devassar essa incógnita magnitude que te cerca.
Tu, Poço da Moça/...
Nessa visão fantasmagórica de Filme de Terceira Dimensão, como algo impalpável, mas com a visão do sentimento privilegiado a sensibilidade dos corações, que sabem viver intensamente a ilusão da Poesia, pairas impassível, indefinido, quase irreal, na tua realidade palpitante, entre as folhagens dessa mata virgem, fazendo-as sumir com a insensibilidade das coisas inexistentes, porém pungentes, na certeza de que existes, guardando dentro de ti, esse misterioso dogma dos rituais vividos pela fantasia imaginativa e sutil, daqueles que tem o privilégio e a oportunidade de te ver tal como és, ou te apresentas em certos momentos, aos olhares inexperientes e maravilhados do mundo que aprecia a tua sedução, o que faz com que quedem fascinados.
Assim é a Poetiza Nazaré Lobato:
Que sintetiza
Agitando as Emoções
Acalmando ou elevando
Esse acorde sublime
Que incita
O engrandecimento
Da terna e ardente chama
No calor
Fragoroso e divinal
Da essência
De quem Ama.
Oi!!!... Estou aqui!!!...!!!...!!!...
Trav. Emídio Nery da Costa- 1030.Bairro: São Lourenço
Abaetetuba- Pará.
Fone= 3751-4691.
Celular: 81056816.
sábado, 19 de junho de 2010
O POÇO DA MOÇA
AO FALAR EM MITOS!!!...
MITOS...
No Conhecimento
No Utópico
Na Realidade
No Imaginário
Na Analogia
Na Saudade...
Como miragem se introduz
E se propaga
Como uma luz
Na ciência que deflagra
Na ância sublime
De Interpretação
Nunca se apaga...
A Divinal ilusão
Que então divaga.
O Misticismo
Resiste ante o Progresso
Invadindo as mentes...
E povoando de sonhos
O Universo.
UM APELO
Eco Sistema
Corre apressado
Ar desvairado
Vais te render???...
Floresta imensa
Vais te esconder???...
Voa passarinho
Para o teu ninho
Que o homem avança
Pra te prender.
Olha o perigo
Meu pobre amigo!!!...
Cadê o Açaí???...
Faz um aceno
Débil... Pequeno
Artesão!... Cadê o Mirití?...
Eco Sistema
Emancipado???
Olha pros lados...
O tal Progresso
Cuidado!!!...
O Homem vem aí.
UM PENSAMENTO
Para iluminar a Alma
Basta ver...
Para sossegar o coração...
Basta sentir
Para vibrar...
Basta um leve toque
Para Amar...
Basta ter e certeza da sua Existência.
DIA DO MEIO AMBIENTE
ACALANTO ECO-AMBIENTAL
MONÓLOGO:
Sabe gente!!!...
Eu... Você... Nós Somos Culpados
O Mundo... As criaturas
Somos Culpados
Se nossas matas são devastadas
Queimadas... Destruídas
Oh!... Apenas sacudidas
Em Rapés.
Somos Culpados
Em cavacar
E transladar nosso chão
O qual... Deveria ser
Apoio seguro para nossos pés.
Se nossos Rios são depredados
Coagidos... Imprensados
Sob Pontes e aterros.
Se em vez de Rios... Fontes
Viram apenas córregos
Esgotos... Espectros
Em vez de hortos...
E nós... Não olhamos
As sua vozes... Não ouvimos
Nunca somos verdadeiros.
Somos culpados
Se nossos Pássaros são calados...
Presos... Sufocados... Em seus Gorjeios maviosos!...
Se nosso ar se torna poluído
Nossos ouvidos entupidos
Nossas águas viram veneno
Em córregos tão pequenos!...
Se debateu
Sem serem sequer ouvidos.
Sabe gente!!!...
Que matamos nosso verde
Nosso mineral
O trinado melódico
Dos pássaros em recital
Não vemos nossas Vertentes
Animais, peixes, feras, vegetais
Nosso Luar... Estrelas
Tão cadentes!!!...
E vemos... Sem nos preocupar
Nossa Cultura, Turismo
Ecologia... Como vazante
Em clima tropical
Ser devastada
Do Seio Ambiental.
Lembrar o Boto
No mister de apaixonar
A floresta deflorada
Violentada
Em seu manto de lençol
O manto azul-verde
Das águas... Onde o Sol
Vem flutuar...
Todas as Lendas
Desta terra virginal
Toda Busão desses Mitos
Dos Serrados e Igapós.
Cantantes Fontes
Instável tempo
Selva densa...
Rios... Oceanos... Águas e Águas
A desaguar...
Vazantes e Enchentes
Em lufanar tristonho
Nesse desejo louco
De se Preservar.
A Pororoca, O Curupira
Até o aconchegante ninho
Escondidinho
No seio do matagal...
Cadê a Uiara?...
A Matinta... O Labizonho...
Que os costumes
Nos incitam a conservar?
Quantas coisas condenadas
Minha gente!!!...
Aqui mesmo
Que temos que nos culpar.
Toda essa beleza
Assim violentada
Todo esse mistério... Que o Progresso está a empanar...
Virou Miragem???...
Lembrança de um passado
Na tumba ardente
Do Eco-Natural?...
Tudo começou com a camada de Ozônio
Aquecimento Global
Efeito Estufa
Queimadas e Queimadas
Em nossos matagais...
Tudo parecia sonho
Tão longe... Tão remoto/...
Atmosfera Climática
Derretimento das Calotas Polares...
Tudo se movendo...
Em transe ilegal
Mudanças e Mudanças
Provocando o arremesso
No Eco-Ambiental.
Somos culpados
Por vetarmos nossos cultos
E nossa Tradição...
Tão secular
Por havermos violado
Nossos hábitos................
A nossa cachoeira, Onde está?
Lá se vão os patrimônios
Num plangente cavalgar
Sem asas... Dissolutos
Sonhando e Sonhando
Com a Biodiversidade
Ver...
O Meio Ambiente
Xafundar.
E mesmo assim...
Ninguém quer se
CRÔNICA
A Crônica é falada, escrita, quase rezada por todos os Poetas Sentimentais.
A Crônica tem a capacidade de Narrar os sons melódicos da Poesia, idealizada e redigida em ordem cronológica, historiada, com explanações indeterminadas em forma de CONTOS de Enredo pequeno, porém sutil, o qual o pensamento se envolve em uma rápida viagem, dentro da fantasiosa fronteira da Mente Humana, Mundo esse de sentir emotivo, desconhecido e repleto de Mistérios e Miragens, quando utilizados em textos poéticos, redigidos em formato pessoal, onde o ritmo da Rima interfere inspirando o Poeta às expressões criativas e sentimentais.
LEILANE
Leilane é uma garotinha, linda... Meiga e carinhosa... Ela é filha da vizinha e do vizinho do lado direito da minha casa... Isto é... Direito para quem vai saindo... Esquerdo para quem entrando.
Leilane sempre gostou de mim, desde bebê... Foi crescendo cada ano, continuando sempre aquele amor para comigo... Com seu jeitinho doce e meigo... Fez com que eu me ligasse a ela... Sem nem explicação... Sem muitas palavras nem parentesco nenhum... Fez que eu a amasse... Simplesmente amasse.
Assim a Leilane se tornou a amiguinha que eu adorei encontrar.
De um carinho sem tamanho, Leilane sempre brincou comigo, como se eu também fosse uma criança igual a ela... O gozado disso tudo é que com ela eu me cinto voltar a ser criança também... Leilane não tinha irmã pequena para brincar... Porém... Agora tem!... Nasceu sua sobrinha!...
Ultimamente surgiram outras amiguinhas para a Leilane... Priminhas, coleguinhas de escola... Credo!... Ave-Maria!!!...
Será que a Leilane vai me esquecer?
Me deixar de lado?
Tomara que não, que isso não aconteça...
Será que já estou sofrendo por antecipação?...
Pois a minha gatinha manhosa... Vai crescer mais ainda e ( o futuro dirá),
Só sei que vou sofrer demais se isso acontecer.
Sabem?... Vou confessar um segredo!...
Eu gosto demais dessa menina...
A Leilane e dessas amiguinhas que a gente não deseja perder...
Nunca... Mesmo...
É adotada pelo coração.
XIRUK
Peludo e macio... Tão macio!... Que parece veludo. Têm os olhos verdes, como jades feitos escaravelhos cintilantes.
Vive solto... Livre... Saltitando pela casa a se esfregar nas pernas das pessoas... Uns gostam, outros não... Que importância pode ter?... Ele se larga no quintal, toca os matinhos, brinca com os bichinhos, acaricia de leve tocando-os apenas, como a se divertir em um horizonte cor de rosa... Ou azul, chamo-o docemente...
Xiruk!!!...!!!...!!!...
Ele pára... Olha... E circunda a minha perna em um trotezinho suave como se risse de mim... Em um alvoroço infantil.
Xiruk é luxento... Não é tudo que quer comer... Gosta, entretanto, de tudo que me vê colocar na boca... Até bananada!...
Credo Cruz!!!... Nunca vi gato beber bananada!... Mas o Xiruk bebe.
Xiruk é de uma ternura imensa!... Como uma criança dengosa... Mas por dentro é rijo como se fosse de pedra.
Em suas brincadeiras... Quando sem querer suas uninhas e dentinhos alcançam a minha pele...
É de pedra
De aço
Ou... De luar ao mesmo tempo.
Então... A Poetizar...
Devaneia em “SOMBRAS”..................
“SOMBRAS”
Como retirar dessa face
Esse manto escurecedor ?
Como um código
O qual retrata
A essência do Amor...
Esse espaço
Vago
Sombrio
Que é sondado
Com temor.
Um deserto... Onde os sons
Se entrelaçam
Longe!... Perto!...
E os ecos esvoaçam
E se perdem no Universo
Esse espaço se amplia
Se alarga ante o silêncio
Inclemente... Feito taça
De Vinho... Rubro
Envolvente.
Nesse cenário de Sombras
Um rosto se fez pintar
E a tristeza tão dolente!!!...
Na pureza desse olhar
Não deixou a alegria
Ali se introduzir
Ironicamente “PÔS”
Nesses lábios o “SORRIR”.
E a mente reconheceu
A loucura... O sonhar!...
Lembrando que não devia
Ir longe pra Interpretar
Esses olhos onde o pranto
Mostra o quanto já sofreu...
O Rosto desse cenário
Não era outro.....................
Era o [.................]
A Poesia... O Poeta
O ser humano em sua divisão e categoria de conhecimentos, vemos assim constituído:
*Conhecimentos...
Empíricos.
Artísticos.
Filosóficos.
Científicos.
Teológicos.
O Literato e Pensador “Pauterlaire”, explica e popularmente se registra: O Empírico vem do povo e de suas tradições culturais.
O artístico evoca a Literatura e a Poesia emotiva.
O Filosófico vem da técnica do pensamento, dos sentimentos e da emotividade.
O científico são as técnicas laboratoriais.
O Teológico são as idéias sobre Deus e as coisas infinitas, que registram os temas divinos.
A poesia como técnica artística e literária é de criação imaterial, a Inspiração surge do interior do Poeta, além de Independente do Poema formulado.
É uma atividade que surge da imaginação como objetivo abstrato da Palavra, exercendo autonomia sobre outro ser, ou coisa, provocando atitude objetiva em resposta, mediante a emoção que converge da própria linguagem.
Em certas ocasiões exerce o poder de provocar reações extras sentimentais, sem esgotar os temas sujeitos a Si mesmo, na transmissão de estímulos a uma Reflexão e uma Resposta.
Assim é que a Poesia vai brotando por intersecção desse estímulo, sem se deter no objeto e nos aspectos de onde decola... Em questão... Do próprio Poeta que a compõe.